MANAUS – A multinacional norte-americana IBM, as japonesas Toyota e Honda e uma grande chinesa produtora de notebooks estão de olho no Brasil, inclusive no Polo Industrial de Manaus (PIM). Esse “ensaio” de investimento na ordem dos bilhões é visto com otimismo pelo mercado e um dos sinais do começo da saída do poço da economia brasileira.
A informação foi antecipada pelo presidente da Assembleia Geral da Associação do Comércio do Amazonas (ACA), Ismael Bicharra. “Há uma programação de milhões, milhões não, bilhões de empresas querendo fazer investimentos no Brasil, Toyota, IBM, Honda, de automóvel, uma chinesa, uma das maiores do mundo em tecnologia de notebooks, computadores, periféricos, muitas empresas estão de olho no Brasil, e quando chegar vão fazer um boom, não tenham dúvida que vão vir pra cá”, comentou o dirigente.
A atração desses investidores de peso foi comentada também pelo presidente em exercício da Federação do Comércio do Amazonas (Fecomércio/AM), Aderson Frota.
“Estamos saindo do fundo do poço da crise, melhorando, começando a sair do período de recessão, os investimentos estão começando a acontecer no país, várias empresas, grandes empresas estão começando a fazer planos de investimentos, é confiança, a retomada da economia”, afirmou, acrescentando que o índice “muito bom” da bolsa de valores e a queda do dólar também são fatores que apontam a melhora da economia.
Melhor desempenho
Para os dirigentes, essa retomada também é exposta nos índices da pesquisa mensal do comércio referente ao mês de abril, divulgada nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números mostram um desempenho bem melhor em relação ao mesmo período do ano passado. O comércio amazonense registrou alta de 6,7% no volume de vendas e de 9,7% em abril deste ano em comparação a igual mês do ano passado.
Considerando o varejo ampliado (inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção), os números foram positivos. As vendas apresentaram alta de 5,2% e a receita 8,9%. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano e dos últimos 12 meses, em todos os comparativos do varejo e do varejo ampliado os resultados também evidenciaram evolução.
Única queda
Somente no comparativo de abril em relação ao mês anterior houve registro de retração. O comércio varejista amazonense registrou queda de -1,3% em abril logo depois de ter alcançado o melhor resultado do ano (4,2%) em março. Consequentemente, o desaquecimento nas vendas levou à retração de -1,5% da receita do setor. No varejo ampliado houve uma retração de -0,2% no volume de vendas e um acréscimo de 0,3% na receita do segmento.
“A economia teve uma melhora, uma hora vai e trava, vai e trava, mas a tendência é o crescimento, é melhorar. Se nós formos analisar, no ano está melhor que o ano anterior, deve ter dado essa diferença [em abril em relação a março] porque é um mês de 31 dias e outro de 30 (…) Os recursos são limitados, não é de uma hora que a economia dispara, se conseguirmos empregar mais, vamos ter crescimento”, afirmou Ismael Bicharra.
Turbulência Política
A turbulência política também pode ter sido outro fator que afetou o desempenho, na opinião de Bicharra que é compartilhada também por Frota. “Estamos vivendo um período oscilação, de encaminhamento político, algumas reformas, a pessoa fica desalentada, mexe com o humor geral do país, a expectativa era que o governo federal acelerasse mais a aprovação da reforma, é o start para a retomada da economia, em abril se perdeu muito na briga do presidente da câmara [Rodrigo Maia] e o presidente [Jair Bolsonaro], isso mexe com o emocional do povo”, disse o dirigente da Fecomércio/AM.
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